Tô Te Querendo: Pochete

Entre uma soneca ou outra, uma mamada do bebê ou outra, uma choradinha de cólicas ou outra, tem sempre um espaço para pensar em uma tendência fashion.

Eu, sou mãe hauhauhauhau, queria tanto dizer isso, a verdade é que ser mãe te priva de umas coisinhas, a primeira que descobri é que não temos a opção de andar com uma bolsa diva só nossa por aí, agora a nossa bolsa é a bolsa do bebê e você leva tudo dele nela (uma bolsa gigante) e uma carteira com o necessário para você, ou seja, você não tem direitos sobre a bolsa ou de usar uma bolsa gata, a menos que queira carregar mais tralhas por aí.

Agora a novidade, vocês lembram que em um século (algum tempo atrás) existia uma aliada chamada pochete que fazia a cabeça das pessoas (na verdade acho que fazia a cintura).


Pois é, a tendência da pochete está de volta e sinceramente não poderia ter chegado em melhor hora, como não posso andar de bolsa por aí eu posso apostar numa pochete com os meus poucos acessórios (documentos e um batom), dependendo do look até que fica um charme.






Vocês devem estar me achando louca uma hora dessas, a louca das tendências, mas é verdade, eu sou mesmo, mas apesar de essa ser uma tendência bem lá das antigas temos que levar em conta que tudo que vai volta e é uma mão na roda essa questão da bolsinha acoplada na cintura enquanto minhas mãos ficam livres pra eu servir ao bebê.


Agora que você viu todas as inspirações que separei aqui com todo amor, o que acham de endireitar esse nariz torto e tentar enxergar a trend com bons olhos? 

Eu garanto a vocês, vou apostar nessa tendência e depois eu posto aqui algo pra vocês se inspirarem da vida real.

BjooOOO

31 de Outubro de 2017

Olá, meu nome é Kaliane Sampaio de Araujo Branco, esse é um relato de um parto nada complicado, apenas um relato de algo tão importante quanto qualquer outra coisa nesse mundo, pelo menos pra mim.

Eu completava exatas 39 semanas e 3 dias, quatro dias talvez, sei lá, mas enfim, já estava que não aguentava mais, inchada, pesada e ansiosa a ponto de ter um colapso nervoso a qualquer momento, pereço dramática, eu sei, mas é sério, tinha chegado num ponto que a exaustão me venceu.

Sabemos bem que uma gestação pode durar até 42 semanas, mas pelo histórico familiar (parto da minha irmã) na semana 39 eu deveria ter algum sinal de trabalho de parto, pelo menos eu queria muito.

Na minha ultima consulta eu marquei uma cesariana para 31 de outubro, caso o bebê viesse antes e naturalmente seria ótimo, pois era exatamente o que eu queria, infelizmente não foi bem assim que aconteceu.

Sério, quem tiver lendo isso com olhos e pensamentos julgadores, sugiro ler até o fim antes de tirar conclusões precipitadas, certo?
Continuando, na semana que antecedeu o parto, fiz caminhada, faxina, agachamento e tudo mais que você puder imaginar, eu só queria um sinal, mas não tinha. Me senti bastante egoísta com a decisão da cesariana, afinal uma gestação saudável merecia ser levada ao fim, todos os planos que fiz, mas enfim, estava chegando a data, no dia anterior o tampão saiu, nada mais acontecia, no dia seguinte fomos ao hospital na hora marcada, no caminho parece que minha bolsa estourou, mesmo assim não sentia absolutamente nada, já estava lá e pronta, então que prosseguissem com a cesariana.

A cirurgia foi um sucesso, rápido, prático e indolor, apesar de uma espera absurda, minha médica atrasou demais, mas enfim, deu tudo certo, eu vi e ouvi um chorinho vindo de um bebê, era o meu bebê, tão linda, exatamente como no 4D, a cara do pai rsrsrsrs, nossa foi emocionante, não teve lagrimas da minha parte, estava um pouco tensa, mas eu olhei bem pra ela e sabia que ela era minha menininha, coisa mais fofa, momento único, pra lembrar eternamente.

Alguns minutos depois fomos informados que a nossa filha ficaria em observação na UTI para monitorar o coração por conta do meu lúpus, segundo os médicos a doença pode ou não afetar o coração do bebê, se for é detectado em 24hs. Para nossa surpresa havia também outro detalhe, Aria nasceu com uma das perninhas torta devido à posição uterina, mas havia sido ajustada pelas médicas, porém houve um inchaço inesperado no joelho direito e isso preocupou a todos, para apavorar ainda mais o hospital não dispunha de um ortopedista de plantão, o mesmo só estaria disponível no dia seguinte para avaliar meu bebê.

Fui para recuperação, me sentia bem, o Fofão (esposo) cuidou de todo o resto, mas o que deveria ser uma recuperação de até 3 horas durou muito mais e subi para o quarto bem a noite, a família aguardava tensa, mas eu estava bem, parece que perdi mais sangue que deveria e acabei evoluindo para um quadro de anemia.
Isso sinceramente não afetava muito, eu estava bem, mas na minha cabeça só queria saber da minha bebezinha que não estava ali comigo, com a família.

Logo que me levantei da cama, tomei um banho observado e fomos ver a bebê na UTI, ela estava bem, o joelhinho um pouco inchado, mas bem.

No dia seguinte tivemos a visita do ortopedista e parece que não havia nada no joelho, mas ele sugeriu usar uma tala, para inibir o movimento e ajudar a desinchar, parecia que tudo ia bem, mas pensa no momento mais triste da vida de uma pessoa, ver seu bebê, tão indefeso e frágil, com aquela tala enorme e pesada na perna, ai que tristeza no meu coração.

Aria subiu para o quarto como programado pela pediatra, ainda com a tala, estávamos indo bem, ficamos no hospital até a sexta-feira de manhã, meu aniversário foi no hospital e tive visitas especiais, isso ajudou a aliviar a tensão.

Bom, o que na verdade quero dizer com esses detalhes todos é que “Deus sabe o que faz”, eu mudei de opinião sobre o parto quase que no meio da gestação, no início a cesariana era minha meta, por medo de dor, mas quando os dias seguiram o medo da cirurgia era maior que o da dor, então era parto normal na cabeça, além do que teria analgesia como aliada, mas o destino me levou para outros caminhos.

Minha pequena teve uma complicação pós-parto que me deixou de cabelo em pé, na verdade até hoje e não sei bem quando isso vai passar, morro de medo do que pode acontecer, confio em Deus acima de tudo e sei que ele me ajudou na hora que mais precisava, imagino que se eu tentasse parto normal com mais duas ou três semanas para frente quem sabe o que poderia ter acontecido.
Por fim, eu declaro que agradeço a Deus em primeiro lugar e meu esposo por estar sempre ao meu lado e a minha família que foi e é essencial. Minha filhinha está bem e saudável, mais saudável a cada dia na verdade, o quadro da perna não se agravou e parece estar mais normal cada dia que passa, então só tenho a agradecer e agradecer.

Aos que leem esse relato eu digo, confiem acima de tudo em Deus, entreguem seu caminho e deixe que ele faça o que tem que ser feito, o mais importante é confiar.

Se minha vida mudou? Ahhh com certeza, a partir do momento que ouvi um chorinho suave e vi um rostinho familiar, ahhh minha vida mudou completamente, um amor muito, mas muito maior que o universo.


Bjooo
 

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